Ar da graça
A palavra cega
os que sentem
o paladar gemer
e o amor roer
como se a inspiração
fosse um abismo de rosas
onde aprendizes de poeta
se estrepam nas palavras
tal espinhos de flor
que seja essa a maudade
de ser fisgado pela poesia
e sentir o seu néctar
garganta a dentro
sugando da barriga
o rio operário de frases
ocultas e sujeitos diretos
Será que é o meu fim ?
Será que vou morrer
preocupado, pensando
ainda nela que finda
a minha angústia
de um dia ser abandonado ?
Sérgio, beija-flor-poeta
.
5063) James Joyce e o surrealismo (18.5.2024)
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Há 6 horas
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